quarta-feira, 30 de março de 2016

Comer fora de casa pode ser difícil...ou não?


Num destes dias num certo restaurante enquanto esperava pelo cozinheiro uma empregada "chegou-se à frente" e tanto me perguntou o que se passava que eu, um pouco relutante perguntei:

 "- Diga-me por favor TODOS os ingredientes que contêm este molho?"
 " - Azeite, sal, pimenta, sumo de lima!"
 " - Muito bem, está-me a dizer todos os ingredientes, certo?"
 " - Sim, são todos..." 
 " - Não tem farinha então?"
 " - Ah sim, tem farinha" 

Infelizmente já previa, mas como ela quis mostrar-se muito despachada e entendida, eu arrisquei... Entretanto chegou o cozinheiro que me esclareceu muito bem!

Torna-se ainda difícil não ficar irritada com estes diálogos.
Mas claro que já percebi o que devemos fazer para não termos situações destas. 

Vou tentar dar umas dicas para, naqueles casos não programados e de última hora (por vezes em família) do que faço:


 - Tentar escolher um restaurante o mais tipicamente português, de preferência com pratos mais simples (italianos ou outros em que a maioria das comidas baseiam-se em molhos e afins, eu simplesmente fujo);


 - Antes mesmo de nos sentarmos, vou falar com o cozinheiro sempre (ele é que é o grande responsável da cozinha; na grande maioria os empregados não sabem informar nem podem garantir nada);


 - Informo sempre em primeiro lugar que tenho uma filha celíaca, explicando exatamente que ela não pode ingerir nada com glúten e toda a informação relevante;


 - Pergunto pelo menu e vejo os pratos mais simples para a miúda - grelhados ou cozidos;  batata/arroz - questiono como são temperados peixe ou carne e como é feito o arroz ou batata;

 - Se os alimentos contêm algum produto industrializado ou se são alimentos ou especiarias naturais - é sempre importante - atenção que muitas vezes colocam caldos industrializados em alimentos como o arroz ou sopas;
 - Tentar ser o mais simpático possível (ter paciência e educá-los) e fazê-los entender que a alimentação da nossa filha é muito importante para a sua saúde;

Se perceberem que não são minimamente atentos ou preocupados com a nossa intolerância ou alergia - esqueçam, o melhor é nem tentarem!

Claro que o que é sempre com algum risco de contaminação que irei a um restaurante não certificado ou que tenha apenas tido informação de ser um restaurante mais credível mas estamos a falar de situações não programadas ou mesmo de última hora.

Na maioria das vezes vou com uma bela marmita como aqui ou verifico sempre os restaurantes certificados pela Associação Portuguesa de Celíacos aqui ou faço mesmo pesquisa ou procuro opiniões de outros celíacos residentes na zona ou com experiências positivas e que me recomendem.

Fica a minha experiência e opinião de uma mãe (resistente) de uma celíaca!
Sim, é verdade que é difícil comer fora de casa mas ... como sempre digo - viver a vida, SEMPRE!

 Dêem as vossas opiniões e experiências...é sempre importante partilhar!


domingo, 20 de março de 2016

Aquelas madalenas de limão que vi naquele dia....

Quando o programa do "Gordon Ramsay - Cozinha Caseira" passava na SIC Mulher eu deliciava-me.... quando vi aqui não esperei mais pelas formas de madalenas que ainda não tinha encontrado. Adquiri as sementes de papoila avulso num supermercado e tive que experimentar porque o aspecto é maravilhoso!! Juntei um sumo de laranja natural e domingo de manhã tornou-se ainda mais maravilhoso!



Dica importante: Fiz a receita tal e qual a Joana Roque mas troquei a farinha por farinha SG da Doves Farm como de costume. Cuidado na mistura final, nada de bater pois elimina o ar da mistura, muito importante para ficarem bem fofos. Cuidado a sair do forno, deixe no forno mais um pouco e depois abra um pouco apenas para ir arrefecendo lá dentro, acho preferível. Acho que poderá ficar com um pouco menos de sementes.

Desfrutem e divirtam-se!

sábado, 12 de março de 2016

Hoje ela ficou a ganhar!!!

Quando pensamos nos celíacos, normalmente pode-se pensar quando se entra num café ou numa festa de anos que poderão ficar sempre a perder... ( o que não é verdade pois a alimentação sem glúten pelo menos se quisermos ,pode ser mais saudável e não se perde assim tanto por não comer um bolo ou um salgado num café ou numa festa).
Mas, por vezes, é o que ouvimos ou o que poderão os meninos celíacos pensar... disso não há dúvida!

Mas desta vez seria diferente...
Quando a educadora da minha filha me disse que na visita de estudo à Aldeia Tipica de José Franco no Sobreiro os meninos iriam almoçar por lá e que levariam douradinhos, por isso a minha Sofia teria que levar outra opção - "Não se preocupe, já sei o que ela irá levar!" - e disse ao ouvido da minha miúda - "Queres levar croquetes?"  O que ela ficou entusiasmada...

Ingredientes (com este formato - dá para 36 unidades) - versão bimby

Pão ralado
250 g de pão sem glúten (mais rijo) partido em pedaços

Croquetes

150 g cebola
150 g cenoura cortada em pedaços
100g chouriço SG sem pele cortado em pedaços (opcional)
150 g tomate
3 dentes de alho
30 g azeite
1000g de carne de vaca para estufar cortada em cubos pequenos 
Leite q.b
200g farinha Maizena 
50 g manteiga
1 c. chá de sal
1 pitada de noz moscada 
4 ovos batidos para panar
óleo q. b. para fritar

- Coloque no copo o pão e rale 30 seg/vel 9. Retire e reserve.
- Coloque no copo a cebola, a cenoura, o chouriço, o tomate, o alho e o azeite, pique 5 seg/vel 5 e refogue 5 min/120ºC/vel 1.
- Adicione a carne e programe 8min/100ºC/vel1.
- Envolva bem com a ajuda da espátula e programe 7 min/100ºC/vel 1.
- Escorra com a ajuda do cesto e reserve o molho.
- Coloque no copo a carne e triture 20 seg/vel 8. Retire e reserve.
- Pese no copo aprox. metade do molho reservado e adicione o leite até perfazer 600g. Adicione a farinha, a manteiga, o sal e a noz-moscada e programe 8 min/90ºC/vel 4. Retire e envolva com a carne reservada ( aqui misture bem). Deixe arrefecer e leve ao figorífico cerca de 2 horas ou até ganhar consistência ( eu só coloquei 1h30m)
- Molde os croquetes ( alguma paciência aqui), passe pelos ovos batidos  e pelo pão ralado reservado e congele - aqui aconselho a dividirem os ovos batidos e o pão ralado e façam primeiro com uma taça de 2 ovos e metade do pão e para outra metade da massa de croquetes a outra taça de ovos e pão. 
-No momento de servir frite os croquetes congelados em óleo abundante e quente.
Como alternativa: para fazer croquetes no forno, substitua o pão torrado por sobras de pão ou pão fresco (um desperdício no nosso caso) e no momento de servir leve ao forno pré-aquecido a 200ºC


Eu fritei-os mas numa próxima irei experimentar no forno. 
Posso só dizer que ficaram deliciosos e que nada ficavam atrás dos "outros" croquetes.
Desta vez a minha miúda ficou a ganhar! Levou cinco croquetes ( pensando eu que sobrariam mas nada disso a caixa veio vazia) e sei que fizeram sucesso!!

Querem ficar a ganhar de novo? Vamos lá fazer uma merenda caseira em três tempos!
Só precisa disto: massa folhada Croustipate, fiambre sem glúten da Nobre e queijo Terra Nostra...

                  


É só cortar e  moldar em forma de merenda colocando fiambre e queijo no interior e depois é só seguir as instruções que estão na massa folhada e ....


sexta-feira, 4 de março de 2016

Feminista.... sempre!

"Na primeira vez que tu me bateste, eu perdoei. Na segunda vez que tu me bateste, eu achava que tu ias mudar e que íamos ser felizes! Quando me continuaste a bater...."
Quando vi aquela cena na novela "A Outra Mulher" - e gosto da novela por tratar de situações reais e sim porque já me prende, nada a fazer - adorei!
Acho importante perceber que alguma mulher, mais culta ou não, com mais ou menos dinheiro e mais ou menos informada pode passar por uma situação destas se não tiver a sua auto estima  e carácter muito bem definido e mesmo assim,por vezes, se enrolar nesta situação porque apenas se apaixonou pela pessoa errada.

Esta cena é para mim muito boa pois mostra o que os filhos são tudo para uma verdadeira Mãe e que tudo mudou para o "Rodrigo" quando este tocou no filho. Sim é uma cena violenta mas  é isto ou muito pior é  o que se passa por aí - dentro de quatro paredes.

Aconselho a ver ... pode ser que alguma mulher se reveja e tenha coragem para mudar...

Este é o meu lado feminista . sou Mulher e acho que devemos defendermo-nos umas às outras SEMPRE!!